sexta-feira, 15 de maio de 2015

Arrow 3° Temporada – Resenha Crítica

Chegou ao fim a terceira temporada de Arrow! A história do Arqueiro Verde levada para a série de TV chegou ao seu auge com o fim da segunda temporada. As ótimas primeiras e segundas temporadas geraram grandes expectativas para a terceira, aquela em que resultaria no encontro de Oliver Queen com Ra’s Al Ghul (Matt Nable), porém o que muitos temiam aconteceu. Episódios fracos, beirando o ridículo em alguns momentos, a perda de ideia por parte da produção ficou evidente, tentando copiar cenas de lutas de Spartacus (como no primeiro duelo entre Oliver e Ra’s) e o grotesco final onde Felicity se vestiu de Átomo, cena inspirada ou copiado do terrível Homem de Ferro 3.
Terceira temporada de Arrow decepciona e muito! (Reproduçã: Facebook Arrow)
A série manteve o enredo clássico que rendeu e ainda rende muito sucesso a DC e a Warner, apresentando a vida de Oliver pós-desaparecimento e na época do desaparecimento. Enquanto ele segue sua caça em busca de salvar Starling, o passado lhe reservou um ano bem complexo e filosófico em Hong Kong, foi lá onde Oliver conheceu Maseo Yamashiro (Karl Yune), Tatsu Yamashiro (Rila Fukushima) e Akio Yamashiro, o trio oriental foi peça-chave na temporada.

O dilema da temporada se passa pela morte (definitiva) de Sara Lance, no terceiro episódio, a Canário Negro foi assassinada por um indivíduo misterioso. A morte de Sara foi o início de uma série de erros que a própria série cometeu, tendo em vista que Malcom Merlyn projetou tudo aquilo para tomar o posto de Ra’s Al Ghul, trazendo grande perigo para a filha que ele jurava amar (como foi posto ao final da segunda temporada), além da aliança feita junto a Oliver durante todo o desenrolar da temporada.

Isso mesmo! A série uniu o Arqueiro Verde com o seu arqui inimigo, o Arqueiro Negro, foi o início de uma das maiores bizarrices que a série apresentou. Além da confusão com a Liga das Sombras elaborada por Merlyn, vivemos o suficiente para ver tantas mortes e ressurreições de personagens, primeiro com o próprio Oliver Queen, que foi ressuscitado graças a um membro da Liga (os soldados de Ra’s nem eram tão leais a ele como se imaginava). Depois veio a morte e ressurreição de Thea Queen, sendo resgatada pelo Poço de Lázaro, a menção ao Poço foi apenas essa. Por fim, Roy Harper forjou sua morte e acabou forjando sua saída da série, pelo menos por tempo indeterminado.

As mortes de mentirinha não foram os piores momentos da temporada, um desses motivos que superaram tais acontecimentos foi a participação de Brandon Routh como o Átomo. O ex-Superman acabou interpretando um personagem completamente desnecessário, houve algo mais grotesco que as aparições do Átomo? Cenas mal feitas e muito rápidas, semelhante ao Hulk dos anos 1980 (detalhe: estamos em 2015). Pois bem, retornando ao roteiro... Ra’s percebeu que Oliver Queen seria seu substituto ideal e causou o inferno em Starling até que o Arqueiro decidiu aceitar a proposta. Enquanto isso, no passado, um acidente químico resultou na criação de uma droga que dizimou um pedaço da população em Hong Kong, Oliver estava lá junto ao seus companheiros asiáticos e precisava desvendar o mistério.

Ainda não compreendo como a produção se perdeu na história, na primeira temporada, o mesmo Oliver indicou que ficou preso na ilha durante cinco anos. Já no terceiro ano de desaparecimento, o nosso heroi visitou Hong Kong, retornou a Starling e agora seguiu viagem sem rumo, a ilha havia ficado para trás há um bom tempo na vida do Queen. No desenrolar dos episódios, vimos o cenário até legal da Liga das Sombras, cenário que acabou deixando de ser secreto muito rapidamente, o elenco vez ou outra visitava a fortaleza, mais um fato a se lamentar.

Lamentável mesmo foi a transformação de Laurel Lance (Katie Cassidy) em Canário Negro, até que tentaram empurrar alguns personagens para tornar a atriz mais carismática, não teve jeito! Primeiro veio o pugilista Ted Grant (J. R. Ramirez), descartado logo no início da temporada. Depois veio Nyssa Al Ghul (Katrina Law), mas apenas um episódio não foi suficiente para cativar o público, se bem que não havia sentido para a filha de Ra’s Al Ghul se relacionar com a garota que era para ser o par romântico do Arqueiro. Ainda não vejo sentido para a permanência de Laurel na série, Felicity (Emily Bett Rickards) roubou o espaço, não tem mais como voltar atrás.
Imagens mais legais que o próprio terceiro ano do Arqueiro Verde nas televisões. (Sala Reclusa/Divulgação)
Por fim, tivemos as novelinhas sendo mantidas, isso tudo bem, todavia Arrow fracassou (e muito!) no roteiro que poderia ter sido melhor explorado, Ra’s não tinha um grande motivo para injetar a droga em Starling City, Malcom não tinha para quê ter matado Sara. A série se encerrou com um tom de despedida, essa já negada pela produção, mas o que Arrow precisa é de uma séria reformulação, alguns personagens precisam sair de cena, que tal deixar Merlyn na geladeira por um tempo? Que tal sumir com Laurel, seu pai e com o Ray Palmer/Átomo? Acredito que a produção tenha aprendido com o erro e que produza um enredo bem mais interessante, que cative aos fãs, que traga algo mais parecido com o que vinha apresentando antes. É necessário repensar no futuro da série, imaginando algo que seja um bom produto e não algo atropelado que tenho como único propósito fazer dinheiro.

Nota: 4/10.

PS: Alguém conseguiu entender por que de utilizar/ridicularizar o Exterminador (Manu Bennett) em um episódio totalmente sem noção? Se alguém souber a resposta comente ao final do post, por favor... POR FAVOR!