Chegou ao fim a terceira
temporada de Arrow! A história do Arqueiro Verde levada para a série de TV
chegou ao seu auge com o fim da segunda temporada. As ótimas primeiras e segundas
temporadas geraram grandes expectativas para a terceira, aquela em que resultaria
no encontro de Oliver Queen com Ra’s Al Ghul (Matt Nable), porém o que muitos
temiam aconteceu. Episódios fracos, beirando o ridículo em alguns momentos, a
perda de ideia por parte da produção ficou evidente, tentando copiar cenas de
lutas de Spartacus (como no primeiro duelo entre Oliver e Ra’s) e o grotesco
final onde Felicity se vestiu de Átomo, cena inspirada ou copiado do terrível
Homem de Ferro 3.
Terceira temporada de Arrow decepciona e muito! (Reproduçã: Facebook Arrow) |
A série manteve o enredo
clássico que rendeu e ainda rende muito sucesso a DC e a Warner, apresentando a
vida de Oliver pós-desaparecimento e na época do desaparecimento. Enquanto ele
segue sua caça em busca de salvar Starling, o passado lhe reservou um ano bem
complexo e filosófico em Hong Kong, foi lá onde Oliver conheceu Maseo Yamashiro
(Karl Yune), Tatsu Yamashiro (Rila Fukushima) e Akio Yamashiro, o trio oriental
foi peça-chave na temporada.
O dilema da temporada se
passa pela morte (definitiva) de Sara Lance, no terceiro episódio, a Canário
Negro foi assassinada por um indivíduo misterioso. A morte de Sara foi o início
de uma série de erros que a própria série cometeu, tendo em vista que Malcom
Merlyn projetou tudo aquilo para tomar o posto de Ra’s Al Ghul, trazendo grande
perigo para a filha que ele jurava amar (como foi posto ao final da segunda
temporada), além da aliança feita junto a Oliver durante todo o desenrolar da
temporada.
Isso mesmo! A série uniu o
Arqueiro Verde com o seu arqui inimigo, o Arqueiro Negro, foi o início de uma
das maiores bizarrices que a série apresentou. Além da confusão com a Liga das
Sombras elaborada por Merlyn, vivemos o suficiente para ver tantas mortes e
ressurreições de personagens, primeiro com o próprio Oliver Queen, que foi
ressuscitado graças a um membro da Liga (os soldados de Ra’s nem eram tão leais
a ele como se imaginava). Depois veio a morte e ressurreição de Thea Queen, sendo
resgatada pelo Poço de Lázaro, a menção ao Poço foi apenas essa. Por fim, Roy
Harper forjou sua morte e acabou forjando sua saída da série, pelo menos por
tempo indeterminado.
As mortes de mentirinha não
foram os piores momentos da temporada, um desses motivos que superaram tais
acontecimentos foi a participação de Brandon Routh como o Átomo. O ex-Superman
acabou interpretando um personagem completamente desnecessário, houve algo mais
grotesco que as aparições do Átomo? Cenas mal feitas e muito rápidas, semelhante
ao Hulk dos anos 1980 (detalhe: estamos em 2015). Pois bem, retornando ao
roteiro... Ra’s percebeu que Oliver Queen seria seu substituto ideal e causou o
inferno em Starling até que o Arqueiro decidiu aceitar a proposta. Enquanto
isso, no passado, um acidente químico resultou na criação de uma droga que
dizimou um pedaço da população em Hong Kong, Oliver estava lá junto ao seus
companheiros asiáticos e precisava desvendar o mistério.
Ainda não compreendo como
a produção se perdeu na história, na primeira temporada, o mesmo Oliver indicou
que ficou preso na ilha durante cinco anos. Já no terceiro ano de
desaparecimento, o nosso heroi visitou Hong Kong, retornou a Starling e agora
seguiu viagem sem rumo, a ilha havia ficado para trás há um bom tempo na vida
do Queen. No desenrolar dos episódios, vimos o cenário até legal da Liga das
Sombras, cenário que acabou deixando de ser secreto muito rapidamente, o elenco
vez ou outra visitava a fortaleza, mais um fato a se lamentar.
Lamentável mesmo foi a
transformação de Laurel Lance (Katie Cassidy) em Canário Negro, até que
tentaram empurrar alguns personagens para tornar a atriz mais carismática, não
teve jeito! Primeiro veio o pugilista Ted Grant (J. R. Ramirez), descartado
logo no início da temporada. Depois veio Nyssa Al Ghul (Katrina Law), mas
apenas um episódio não foi suficiente para cativar o público, se bem que não
havia sentido para a filha de Ra’s Al Ghul se relacionar com a garota que era
para ser o par romântico do Arqueiro. Ainda não vejo sentido para a permanência
de Laurel na série, Felicity (Emily Bett Rickards) roubou o espaço, não tem
mais como voltar atrás.
Imagens mais legais que o próprio terceiro ano do Arqueiro Verde nas televisões. (Sala Reclusa/Divulgação) |
Por fim, tivemos as
novelinhas sendo mantidas, isso tudo bem, todavia Arrow fracassou (e muito!) no
roteiro que poderia ter sido melhor explorado, Ra’s não tinha um grande motivo
para injetar a droga em Starling City, Malcom não tinha para quê ter matado
Sara. A série se encerrou com um tom de despedida, essa já negada pela
produção, mas o que Arrow precisa é de uma séria reformulação, alguns
personagens precisam sair de cena, que tal deixar Merlyn na geladeira por um
tempo? Que tal sumir com Laurel, seu pai e com o Ray Palmer/Átomo? Acredito que
a produção tenha aprendido com o erro e que produza um enredo bem mais interessante,
que cative aos fãs, que traga algo mais parecido com o que vinha apresentando
antes. É necessário repensar no futuro da série, imaginando algo que seja um
bom produto e não algo atropelado que tenho como único propósito fazer
dinheiro.
Nota:
4/10.
PS: Alguém conseguiu entender por que de utilizar/ridicularizar o Exterminador (Manu Bennett) em um episódio totalmente sem noção? Se alguém souber a resposta comente ao final do post, por favor... POR FAVOR!