quinta-feira, 16 de abril de 2015

Velozes e Furiosos 7 – Resenha Crítica

Primeira sequência lançada após a trágica morte de Paul Walker, Velozes e Furiosos 7 se despede do ator com uma bela homenagem. A última e nostálgica participação do americano, morto em novembro de 2013, empolga e embala o sétimo filme que também ganhou pontos positivos ao trazer Jason Statham em seu elenco. Velozes e Furiosos 7 enfim chegou a cronologia correta, após o erro grotesco em Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio, a produção conseguiu consertar e encaixou a história de maneira digna e satisfatória, seria a deixa ideal para encerrar com a produção que rendeu e ainda rende bastante.
Velozes e Furioso 7 se despede de Paul Walker com muita emoção. (Divulgação)
A história se desenrola através do final do sexto filme, no qual o vilão Owen Shaw (Luke Evans) acaba derrotado, dessa forma, seu irmão, Deckard Shaw (Jason Statham) elabora um plano para assassinar toda a equipe de Toretto. Han (Sung Kang) é o primeiro (e único) a pagar pelos erros de Vin Diesel, o japonês da turma acabou sendo o escolhido para ter seu personagem “expulso” da franquia. Logo no início temos uma luta que desafia a física e põe em xeque a carreira de lutador de Dwayne Johnson, o cara apanha feito um louco para Statham, é uma das melhores cenas do filme, os elementos fictícios que diferenciam a franquia estão presentes.

Da luta contra o agente Hobbs as cenas mais espetaculares que só Velozes e Furiosos podem produzir, Toretto (Vin Diesel), Brian (Paul Walker) e companhia começam a última caçada por um vilão que trabalha sozinho, o roteiro perfeito que nos faz recordar os bons filmes de ação dos anos 1980. De cenários espetaculares em solo norte-americano até os Emirados Árabes Unidos, o voo com o carro, cena estrelada por Vin Diesel e Paul Walker, empolga e até mesmo faz o espectador rir como nunca, cena digna de Os Mercenários.

O sétimo longa conta com presenças de novos personagens, o já citado Jason Statham foi muito bem e mostrou porque é o cara dos filmes de ação na atualidade, a campeã do UFC Ronda Rousey ainda tem muito o que aprender, ela que já havia ido mal em Os Mercenários 3, faz só uma pequena participação no filme, mas segue com uma cara de quem sofreu para decorar suas falas. Kurt Russel também ingressou na série, seu personagem entra para ajudar, mas termina esquecido no final, poderia ter ficado sem essa. Por fim, Nathalie Emmanuel (atualmente vivendo Missandei em Game of Thrones) não teve direito a uma personagem decente na história, dessa forma não convence como uma nerd que entra para somar parte cômica da turma, junto a Chris Bridge e Tyrese Gibson.

As cenas finais são bem intrigantes, temos aquela velha e característica pegada de ação com muita velocidade, naqueles momentos finais já se notava a falta que Paul Walker fará a série. O confronto resulta em um final feliz, como sempre, Shaw acaba preso, família Toretto segue intacta e a cidade é quem sofre com os pegas, sobrando destroços. No geral, o filme prega um pouco mais do mesmo, seria a deixa ideal para encerrar a franquia de maneira bastante digna, Paul Walker infelizmente morreu e não teria como dar sequência a história sem ele, o problema é que a produção já confirmou mais três continuações, é difícil prever o que a série planeja para o futuro.

A homenagem a Paul Walker é sem dúvidas o ponto mais alto do filme, um compilado de imagens do ator durante todos os sete filmes acompanhado de uma cena na praia na qual seus irmãos, Cody e Caleb ajudaram nas gravações, indicando um final feliz para o personagem de Brian, se distanciando de vez da vida no mundo do crime, seguindo caminhos opostos ao de Toretto. É o fim da franquia também para Jordana Brewster, a intérprete de Mia Toretto já estava mais afastada das filmagens há um bom tempo. É um bom filme, segue o padrão e não deixa a desejar, para quem gosta de ação, é um prato cheio de tiros e cenas que desafiam a física.

Confira o clipe que embala a homenagem a Paul Walker, ator deixou saudades.


Até a próxima!

Nota: 8/10