Primeira sequência lançada
após a trágica morte de Paul Walker, Velozes e Furiosos 7 se despede do ator
com uma bela homenagem. A última e nostálgica participação do americano, morto
em novembro de 2013, empolga e embala o sétimo filme que também ganhou pontos
positivos ao trazer Jason Statham em seu elenco. Velozes e Furiosos 7 enfim
chegou a cronologia correta, após o erro grotesco em Velozes e Furiosos: Desafio
em Tóquio, a produção conseguiu consertar e encaixou a história de maneira
digna e satisfatória, seria a deixa ideal para encerrar com a produção que
rendeu e ainda rende bastante.
Velozes e Furioso 7 se despede de Paul Walker com muita emoção. (Divulgação) |
A história se desenrola
através do final do sexto filme, no qual o vilão Owen Shaw (Luke Evans) acaba
derrotado, dessa forma, seu irmão, Deckard Shaw (Jason Statham) elabora um
plano para assassinar toda a equipe de Toretto. Han (Sung Kang) é o primeiro (e
único) a pagar pelos erros de Vin Diesel, o japonês da turma acabou sendo o
escolhido para ter seu personagem “expulso” da franquia. Logo no início temos
uma luta que desafia a física e põe em xeque a carreira de lutador de Dwayne
Johnson, o cara apanha feito um louco para Statham, é uma das melhores cenas do
filme, os elementos fictícios que diferenciam a franquia estão presentes.
Da luta contra o agente
Hobbs as cenas mais espetaculares que só Velozes e Furiosos podem produzir,
Toretto (Vin Diesel), Brian (Paul Walker) e companhia começam a última caçada
por um vilão que trabalha sozinho, o roteiro perfeito que nos faz recordar os
bons filmes de ação dos anos 1980. De cenários espetaculares em solo
norte-americano até os Emirados Árabes Unidos, o voo com o carro, cena
estrelada por Vin Diesel e Paul Walker, empolga e até mesmo faz o espectador
rir como nunca, cena digna de Os Mercenários.
O sétimo longa conta com
presenças de novos personagens, o já citado Jason Statham foi muito bem e
mostrou porque é o cara dos filmes de ação na atualidade, a campeã do UFC Ronda
Rousey ainda tem muito o que aprender, ela que já havia ido mal em Os
Mercenários 3, faz só uma pequena participação no filme, mas segue com uma cara
de quem sofreu para decorar suas falas. Kurt Russel também ingressou na série,
seu personagem entra para ajudar, mas termina esquecido no final, poderia ter
ficado sem essa. Por fim, Nathalie Emmanuel (atualmente vivendo Missandei em
Game of Thrones) não teve direito a uma personagem decente na história, dessa
forma não convence como uma nerd que entra para somar parte cômica da turma,
junto a Chris Bridge e Tyrese Gibson.
As cenas finais são bem
intrigantes, temos aquela velha e característica pegada de ação com muita
velocidade, naqueles momentos finais já se notava a falta que Paul Walker fará a
série. O confronto resulta em um final feliz, como sempre, Shaw acaba preso,
família Toretto segue intacta e a cidade é quem sofre com os pegas, sobrando
destroços. No geral, o filme prega um pouco mais do mesmo, seria a deixa ideal
para encerrar a franquia de maneira bastante digna, Paul Walker infelizmente
morreu e não teria como dar sequência a história sem ele, o problema é que a
produção já confirmou mais três continuações, é difícil prever o que a série
planeja para o futuro.
A homenagem a Paul Walker
é sem dúvidas o ponto mais alto do filme, um compilado de imagens do ator
durante todos os sete filmes acompanhado de uma cena na praia na qual seus
irmãos, Cody e Caleb ajudaram nas gravações, indicando um final feliz para o
personagem de Brian, se distanciando de vez da vida no mundo do crime, seguindo
caminhos opostos ao de Toretto. É o fim da franquia também para Jordana
Brewster, a intérprete de Mia Toretto já estava mais afastada das filmagens há
um bom tempo. É um bom filme, segue o padrão e não deixa a desejar, para quem
gosta de ação, é um prato cheio de tiros e cenas que desafiam a física.
Confira o clipe que embala a homenagem a Paul Walker, ator deixou saudades.
Confira o clipe que embala a homenagem a Paul Walker, ator deixou saudades.
Até a próxima!
Nota: 8/10