domingo, 22 de março de 2015

Operação Big Hero – Resenha Crítica

Vencedor do Oscar de melhor animação do ano de 2015, Operação Big Hero confirma a escassez de boas animações ao apresentar um pouco mais do mesmo. A mescla estadunidense e japonesa apresentam muitos robôs e muito repeteco, apesar do humor característico das animações da Disney, em Big Hero, as cenas divertidas ficam por conta do carismático Baymax (protagonista do longa) roubar a cena. O filme se passa na cidade de San Fransokyo (uma mistura de São Francisco com Tóquio) e começa um tipo de luta livre ilegal de robôs, o jovem gênio e protagonista Hiro Hamada, o problema é que as lutas são esquecidas durante o restante do filme, é usado apenas como ponta para dar liga a história.
Premiado pela Academia, Big Hero 6 não supera Uma Aventura em Lego. (Divulgação)
A trama inicia-se mesmo quando os irmãos Hamada são apresentados, o garoto Hiro é um jovem que deseja ingressar em uma escola de nerds cujo seu irmão mais velho, Tadashi, já fazia parte. Ele apresenta um projeto sensacional que vai gerar uma briga entre corporações e vai desenrolar a história do filme, os Microbots são pequenas peças que funcionam como imã e podem se transformar em qualquer coisa, isso graças a um leitor cerebral. O problema é que os líderes de duas famosas marcas tentam comprar a invenção de Hiro para suas respectivas corporações, Professor Robert Callaghan e Alistair Krei já possuíam uma rixa desde muito antes.

Na briga pelos Microbots, um incêndio acontece na feira de tecnologia e Tadashi Hamada acaba morrendo e o grupo de amigos acabam se afastando de Hiro que entra em depressão. Principal colaborador para a formação da equipe, Tadashi havia desenvolvido um robô enfermeiro feito com vinil, de gênio da saúde, Baymax desenvolve a técnica das artes marciais graças a Hiro, que dar sequência ao trabalho do irmão. Quando Hiro volta ao local do incêndio que levara seu irmão, ele descobre que um vilão tem posse de sua invenção e a utiliza para o mal, é através dessa descoberta que o garoto e seu robô unem a Operação Big Hero 6, a equipe composta por Honey Lemon, Fred/Fredzilla, Wasabi e GoGo Tomago, inspirado em um HQ da Marvel, levado para o cinema pela Disney.

Por fim, temos boas cenas de ação, algumas falas engraçadas, mas muito do mesmo, mais ideias que se repetem e fazem com que Big Hero 6 não seja diferente de nada do que a própria Disney já produziu. O legal do final é a surpreendente identidade do vilão Yokai, nada mais nada menos que o professor Callaghan, ele se revolta por conta de uma experiência mal-sucedida do seu arquirrival Krei que acabou levando sua filha, transformando Callahghan num lunático. O filme é razoável, não é de longe melhor que Uma Aventura em Lego (o filme que deveria ter sido escolhido como a melhor animação, não foi sequer indicado), mas apresenta as mesmas características dos demais filmes da Disney, que segue em declínio após anos dourados, Big Hero 6 é mais do mesmo, decepciona após apresentar um trailer muito bom, poderia ter sido muito melhor trabalhado.

Nota: 7,0.