De volta após um longo
inverno, a Sala Reclusa retorna com o novo sucesso de Woody Allen, o renomado
escritor, ator e diretor uniu Colin Firth, experiente e vencedor do Oscar de
melhor ator por O Discurso do Rei, a Emma Stone, uma jovem em ascensão que
realmente prova ter talento. Magia ao Luar retrata a história de um mágico
cético que trabalha desmascarando falsos médiuns, Stanley Crawford (Colin
Firth) não é um dos personagens mais agradáveis, mas seu estilo descrente faz
com que ele não se torne tão entediante.
Allen não traz tanta novidade em Magia ao Luar. (Divulgação) |
Do outro lado da moeda,
temos Sophie Baker (Emma Stone), a médium que conquista o público por meio de
visões e graças a uma mãe “marqueteira” do seu talento/farsa. Resumidamente,
Crawford é um homem noivo que parece viver na mais perfeita sintonia com sua
futura esposa, todavia, no momento que encontra Baker, o lance muda de figura,
a moça parece encantá-lo com bastante simplicidade, mesmo não apresentando
tanto conhecimento no que prega. Allen consegue misturar ou até mesmo pecar com
vários clichês, no caso da cena em que o motor do carro do casal quebra no meio
da estrada, resultando na chuva e um pouco do “excesso” de romance forçado, da
mesma forma em que o diretor nos surpreende ao mostrar que até os mais céticos
podem se render a divindades nos momentos de fraqueza, sem falar na confirmação
da farsa de Sophie Baker, na descoberta, Stanley é traído até mesmo por seu amigo
Howard Burkan (Simon McBurney), que alega que o protagonista precisava sair da
previsibilidade e mergulhar em águas mais profundas.
Por fim, o filme não passa
de um bom filme romântico com toques de comédia, no estilo Woody Allen, vemos
um casal que se apaixona, mas tem problemas por seguirem outros
relacionamentos, o diretor mantém forte a temática do adultério, só que no caso
de Magia ao Luar, fica um pouco sem graça pelo fato de que a noiva de Stanley
aparecer muito pouco e porque o noivo de Sophie, Brice Catlegde (Hamish
Linklater), é um imbecil. Além disso, o filme traz uma excelente trilha sonora,
semelhante à de O Grande Gatsby, um clássico de 1974, me fez lembrar também um
pouco do game LA Noire, um efeito da época que trouxe certa nostalgia e deixou
o filme pouco mais atraente.
Firth e Stone em cena clichê, mas bastante divertida. (Divulgação) |
Como parâmetro nos demais
grandes filmes de Woody Allen, coloco Magia ao Luar como apenas um bom filme,
vale à pena pagar o ingresso e se divertir com uma hora e meia do grande
cineasta, entretanto, o longa está longe de ser um dos melhores filmes do
norte-americano, não deixará marcas como outras boas obras que Allen apresentou
nos últimos anos.
Nota:
7,0.
Até a próxima!