quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Magia ao Luar – Resenha Crítica

De volta após um longo inverno, a Sala Reclusa retorna com o novo sucesso de Woody Allen, o renomado escritor, ator e diretor uniu Colin Firth, experiente e vencedor do Oscar de melhor ator por O Discurso do Rei, a Emma Stone, uma jovem em ascensão que realmente prova ter talento. Magia ao Luar retrata a história de um mágico cético que trabalha desmascarando falsos médiuns, Stanley Crawford (Colin Firth) não é um dos personagens mais agradáveis, mas seu estilo descrente faz com que ele não se torne tão entediante.
Allen não traz tanta novidade em Magia ao Luar. (Divulgação)

Do outro lado da moeda, temos Sophie Baker (Emma Stone), a médium que conquista o público por meio de visões e graças a uma mãe “marqueteira” do seu talento/farsa. Resumidamente, Crawford é um homem noivo que parece viver na mais perfeita sintonia com sua futura esposa, todavia, no momento que encontra Baker, o lance muda de figura, a moça parece encantá-lo com bastante simplicidade, mesmo não apresentando tanto conhecimento no que prega. Allen consegue misturar ou até mesmo pecar com vários clichês, no caso da cena em que o motor do carro do casal quebra no meio da estrada, resultando na chuva e um pouco do “excesso” de romance forçado, da mesma forma em que o diretor nos surpreende ao mostrar que até os mais céticos podem se render a divindades nos momentos de fraqueza, sem falar na confirmação da farsa de Sophie Baker, na descoberta, Stanley é traído até mesmo por seu amigo Howard Burkan (Simon McBurney), que alega que o protagonista precisava sair da previsibilidade e mergulhar em águas mais profundas.

Por fim, o filme não passa de um bom filme romântico com toques de comédia, no estilo Woody Allen, vemos um casal que se apaixona, mas tem problemas por seguirem outros relacionamentos, o diretor mantém forte a temática do adultério, só que no caso de Magia ao Luar, fica um pouco sem graça pelo fato de que a noiva de Stanley aparecer muito pouco e porque o noivo de Sophie, Brice Catlegde (Hamish Linklater), é um imbecil. Além disso, o filme traz uma excelente trilha sonora, semelhante à de O Grande Gatsby, um clássico de 1974, me fez lembrar também um pouco do game LA Noire, um efeito da época que trouxe certa nostalgia e deixou o filme pouco mais atraente.
Firth e Stone em cena clichê, mas bastante divertida. (Divulgação)

Como parâmetro nos demais grandes filmes de Woody Allen, coloco Magia ao Luar como apenas um bom filme, vale à pena pagar o ingresso e se divertir com uma hora e meia do grande cineasta, entretanto, o longa está longe de ser um dos melhores filmes do norte-americano, não deixará marcas como outras boas obras que Allen apresentou nos últimos anos.

Nota: 7,0.

Até a próxima!