quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Lobo de Wall Street – Resenha Crítica

Olá, fãs do cinema! Hoje venho aqui escrever sobre a quinta parceria de Martin Scorsese e Leonardo Di Caprio, parece que, enfim, o grande ator vai conquistar seu primeiro Oscar, sim, estou falando de O Lobo de Wall Street.  Scorsese é definitivamente o cara, após fazer o sensacional Hugo Cabret, ele volta as telonas com um filme bem mais pesado, com um tema completamente diferente, deixando para trás os gráficos excepcionais e a temática singela do filme do menino parisiense. Em Wall Street, dessa vez, não temos Michael Douglas como o fantástico Gordon Gekko, mas a menção ao mito é honrada no longa.
Mais um grande sucesso da dupla Di Caprio e Scorsese. (Divulgação)

Falando da parceria entre o diretor e Di Caprio, eu gosto muito de A Ilha do Medo, o colocando acima do atual sucesso, muito porque a temática de esquizofrenia me agrada bastante, o filme é totalmente diferente do estilo de Scorsese, mas aposta foi muito bem sucedida. Além da Ilha do Medo, temos Gangues de Nova York, Os Infiltrados e O Aviador, todos espetaculares. O mais inusitado é que a atuação de Leo em todos são excelentes, ou seja, ele poderia ter vencido o Oscar pela atuação em todos os filmes, porém a Academia não é justa com o ator, que segue sem nenhuma estatueta.

Eu acredito que a atuação dele no Lobo de Wall Street foi muito boa, um homem com o dinheiro de Gatsby, mas que aproveita a vida de uma maneira diferente, contudo, Di Caprio merecia o prêmio por Django, o problema é que nem indicado ele foi, injusto! Visando agora o aclamado diretor, Scorsese tem grandes chances de conquistar o prêmio de melhor roteiro adaptado, ele também disputará a melhor direção, mas coloco Steve McQueen e seu 12 Anos de Escravidão mais favoritos.

Corruptos, homens se unem para fazer dinheiro...
Muito dinheiro. (Divulgação)
O Lobo de Wall Street conta a história de Jordan Belfort (Leonardo Di Caprio), um homem que sai de uma vida comum, de certo nível de pobreza que nunca passou fome, mas passava por dificuldades. Ele é casado com Teresa Petrillo (Cristin Milioti) e os dois dão duro para sobreviver, tudo muda quando Belfort, um simples corretor de ações é contratado por uma grande empresa em Wall Street. Lá, ele aprende tudo e mais um pouco com Mark Hanna (Matthew McConaughey), é bom frisar a grande atuação na pequena participação de Matthew. Infelizmente, a empresa caiu em falência e Belfort teve de começar do zero.

Teresa mostra ao seu marido uma pequena empresa em Long Island, Belfort é contratado e definitivamente descobre uma mina de ouro, um estilo de mercado ilegal que o torna milionário. Cansado dessa vida de empregado, Jordan conhece Donnie Azoff (Jonah Hill), os dois se unem e trazem amigos para juntos, formarem a Stratton Oakmont. Unidos a Jordan e a Donnie, estão Nicky "Rugrat" Koskoff (P. J. Byrne), Chester Ming (Kenneth Choi), que são amigos de longas datas e traficantes de drogas.

É aí que começa a apologia a drogas, sexo, álcool, crime e muito mais. O que lamento do filme, é a triste realidade e certeza que o crime compensa, pois Jordan é um completo babaca, vive de orgias, de roubos e drogas, juro que torci pelas três horas de filme para que ele levasse alguma surra ou morresse pelo seu jeito de viver a vida. Nesse tempo, surge Patrick Denham (Kyle Chandler), um agente do FBI que é o encarregado de descobrir as armações da Stratton Oakmont.

Naomi e Jordan é só um resumo de cenas pesadas.
(Divulgação)
Uma das cenas mais fantásticas do filme é o encontro de Belfort com Patrick, a conversa começa muito amistosa, até que o nosso protagonista tenta subornar o policial, a partir daí, todos partem para a sinceridade e o tira promete colocar Jordan na cadeia, é fantástico! Outro que tem uma grande atuação é Jean Dujardin, o nosso “Artista” atua como Jean-Jacques Saurel, um bancário suíço que permite que Jordan esconda o dinheiro em seu banco. O poder e a ganância corrompem Jordan, que se separa de Teresa e a troca por Naomi (Margot Robbie), a típica prostituta de luxo que se aproveita da riqueza do acionista.

Por fim, a máscara da empresa cai, Jordan é preso e passa a cooperar com o FBI, mas ele não entrega os seus amigos e tem uma conversa crucial com Donnie, ele não poderia dedurar o seu parceiro de longas datas. O problema é que Donnie não leva a sério toda essa amizade e entrega o seu amigo, é aí que ele descobre com quem está lidando, é aí que notamos que ele ainda tem algo de bom em Jordan, ele entrega Donnie e todos os corruptos da empresa. Ele passa 3 anos na cadeia e deixa a prisão ainda milionário, dando palestras a todos que sonham em enricar, a prova que todos nós somos gananciosos, que vivemos em um mundo de hipócritas que desejam passar por cima dos outros. Enquanto isso, Patrick o colocou na cadeia e desmascarou a farsa da empresa corrupta, mas ele continuará a ser um profissional comum e desvalorizado, mesmo trabalhando para o FBI.
O crime compensa em um mundo onde as  pessoas querem sobressair. (Divulgação)

O filme é espetacular, mas cenas pesadas, muita corrupção e riqueza marcam o longa, o que me deixou bastante revoltado. Para encerrar a crítica, deixo a frase de Jordan Belfort, no seu auge como acionista, um bilionário fazendo mais dinheiro, definindo como ele conseguiu tudo que conquistou: “Isso que são os Estados Unidos, isso é a América!”

Grande abraço!

Nota: 8,0.

PS: Oscar para Di Caprio, por favor!