Olá, fãs do cinema! Hoje
venho aqui escrever sobre a quinta parceria de Martin Scorsese e Leonardo Di
Caprio, parece que, enfim, o grande ator vai conquistar seu primeiro Oscar,
sim, estou falando de O Lobo de Wall Street. Scorsese é definitivamente o cara, após fazer
o sensacional Hugo Cabret, ele volta as telonas com um filme bem mais pesado,
com um tema completamente diferente, deixando para trás os gráficos
excepcionais e a temática singela do filme do menino parisiense. Em Wall
Street, dessa vez, não temos Michael Douglas como o fantástico Gordon Gekko,
mas a menção ao mito é honrada no longa.
Mais um grande sucesso da dupla Di Caprio e Scorsese. (Divulgação) |
Falando da parceria entre
o diretor e Di Caprio, eu gosto muito de A Ilha do Medo, o colocando acima do
atual sucesso, muito porque a temática de esquizofrenia me agrada bastante, o
filme é totalmente diferente do estilo de Scorsese, mas aposta foi muito bem
sucedida. Além da Ilha do Medo, temos Gangues de Nova York, Os Infiltrados e O
Aviador, todos espetaculares. O mais inusitado é que a atuação de Leo em todos
são excelentes, ou seja, ele poderia ter vencido o Oscar pela atuação em todos
os filmes, porém a Academia não é justa com o ator, que segue sem nenhuma
estatueta.
Eu acredito que a atuação
dele no Lobo de Wall Street foi muito boa, um homem com o dinheiro de Gatsby,
mas que aproveita a vida de uma maneira diferente, contudo, Di Caprio merecia o
prêmio por Django, o problema é que nem indicado ele foi, injusto! Visando
agora o aclamado diretor, Scorsese tem grandes chances de conquistar o prêmio
de melhor roteiro adaptado, ele também disputará a melhor direção, mas coloco Steve
McQueen e seu 12 Anos de Escravidão mais favoritos.
Corruptos, homens se unem para fazer dinheiro... Muito dinheiro. (Divulgação) |
O Lobo de Wall Street
conta a história de Jordan Belfort (Leonardo Di Caprio), um homem que sai de
uma vida comum, de certo nível de pobreza que nunca passou fome, mas passava
por dificuldades. Ele é casado com Teresa Petrillo (Cristin Milioti) e os dois
dão duro para sobreviver, tudo muda quando Belfort, um simples corretor de
ações é contratado por uma grande empresa em Wall Street. Lá, ele aprende tudo
e mais um pouco com Mark Hanna (Matthew McConaughey), é bom frisar a grande
atuação na pequena participação de Matthew. Infelizmente, a empresa caiu em
falência e Belfort teve de começar do zero.
Teresa mostra ao seu
marido uma pequena empresa em Long Island, Belfort é contratado e
definitivamente descobre uma mina de ouro, um estilo de mercado ilegal que o
torna milionário. Cansado dessa vida de empregado, Jordan conhece Donnie Azoff
(Jonah Hill), os dois se unem e trazem amigos para juntos, formarem a Stratton
Oakmont. Unidos a Jordan e a Donnie, estão Nicky "Rugrat" Koskoff (P.
J. Byrne), Chester Ming (Kenneth Choi), que são amigos de longas datas e
traficantes de drogas.
É aí que começa a apologia
a drogas, sexo, álcool, crime e muito mais. O que lamento do filme, é a triste
realidade e certeza que o crime compensa, pois Jordan é um completo babaca,
vive de orgias, de roubos e drogas, juro que torci pelas três horas de filme
para que ele levasse alguma surra ou morresse pelo seu jeito de viver a vida. Nesse
tempo, surge Patrick Denham (Kyle Chandler), um agente do FBI que é o
encarregado de descobrir as armações da Stratton Oakmont.
Naomi e Jordan é só um resumo de cenas pesadas. (Divulgação) |
Uma das cenas mais
fantásticas do filme é o encontro de Belfort com Patrick, a conversa começa
muito amistosa, até que o nosso protagonista tenta subornar o policial, a
partir daí, todos partem para a sinceridade e o tira promete colocar Jordan na
cadeia, é fantástico! Outro que tem uma grande atuação é Jean Dujardin, o nosso
“Artista” atua como Jean-Jacques Saurel, um bancário suíço que permite que
Jordan esconda o dinheiro em seu banco. O poder e a ganância corrompem Jordan,
que se separa de Teresa e a troca por Naomi (Margot Robbie), a típica
prostituta de luxo que se aproveita da riqueza do acionista.
Por fim, a máscara da
empresa cai, Jordan é preso e passa a cooperar com o FBI, mas ele não entrega
os seus amigos e tem uma conversa crucial com Donnie, ele não poderia dedurar o
seu parceiro de longas datas. O problema é que Donnie não leva a sério toda
essa amizade e entrega o seu amigo, é aí que ele descobre com quem está
lidando, é aí que notamos que ele ainda tem algo de bom em Jordan, ele entrega
Donnie e todos os corruptos da empresa. Ele passa 3 anos na cadeia e deixa a
prisão ainda milionário, dando palestras a todos que sonham em enricar, a prova
que todos nós somos gananciosos, que vivemos em um mundo de hipócritas que desejam
passar por cima dos outros. Enquanto isso, Patrick o colocou na cadeia e
desmascarou a farsa da empresa corrupta, mas ele continuará a ser um
profissional comum e desvalorizado, mesmo trabalhando para o FBI.
O crime compensa em um mundo onde as pessoas querem sobressair. (Divulgação) |
O filme é espetacular, mas
cenas pesadas, muita corrupção e riqueza marcam o longa, o que me deixou
bastante revoltado. Para encerrar a crítica, deixo a frase de Jordan Belfort, no
seu auge como acionista, um bilionário fazendo mais dinheiro, definindo como
ele conseguiu tudo que conquistou: “Isso que são os Estados Unidos, isso é a
América!”
Grande abraço!
Nota:
8,0.
PS:
Oscar
para Di Caprio, por favor!