quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Spartacus: Blood and Sand – Resenha Crítica

Olá, amigos da Sala Reclusa, é com imenso prazer que venho escrever a crítica da série da minha vida, que me influencia e me dá coragem a seguir firme na estrada da vida: Spartacus. Confesso que comecei a assistir a série em 2011, quando já estava em sua 3° temporada, Spartacus: Vegeance foi a primeira temporada em que Liam McIntyre substituiu o saudoso Andy Whitfield, morto após anos de luta contra um câncer. Enfim, após me apaixonar pela história, pude acompanhar toda a série, desde o princípio da história até a queda de um dos maiores seres humanos que passaram por aqui. Hoje, inicio a resenhar sobre a grande série que se encerrou neste ano de 2013.
Aqui está nossa homenagem a Andy Whitfield, um craque na atuação. (Starz)

Spartacus Blood and Sand

A primeira temporada foi ao ar no ano de 2010, trazendo na bagagem um grande elenco. Já mencionado, Andy Whitfield interpretou com maestria Spartacus, o vilão da temporada era Quintus Batiatus, dono do melhor ludus da cidade de Cápua, foi interpretado pelo grande ator John Hannah. Lucy Lawless, a eterna Xena foi escolhida para ser a insuportável e astuta Lucretia, peça importantíssima da série. No mais, Manu Bennett ficou com o papel de Crixus, o grande rival de Spartacus na arena, as boas atuações lhe renderam o papel de Azog na aclamada trilogia O Hobbit, de Peter Jackson.

Pois bem, a temporada começa quando Spartacus se alia aos romanos na guerra, liderados por Gaius Claudius Glaber (Craig Parker). Por amor a sua esposa Sura (Erin Lynn Cummings), Spartacus abandona a guerra e quebra o acordo com Roma, gerando a feroz revolta de Glaber, que prende o trácio e o entrega a morte, o separando dos braços da esposa. Seguindo com a história, Spartacus vai a arena cumprir seu destino, que era a morte, porém, demonstrando que seu destino não era aquele, o nosso querido trácio vence os quatro oponentes e se consagra, sendo comprado por Batiatus e deixando Glaber furioso. Quero destacar os excelentes efeitos especiais.

Crixus, Varro, Onemaeus, Lucretia e Batiatus,
a realidade de Spartacus em Cápua. (Sala Reclusa)
No ludus de Batiatus, Spartacus logo faz várias inimizades, do Doctore Onemaeus (Peter Mensah) ao seu grande rival Crixus. O único amigo do protagonista é Varro (Jai Courtney), que entra junto com ele para ser gladiador. A trama vai acontecendo, muita política e interesses, resultando em vários atos corruptivos, o legal da série é que mostra como Spartacus elevou a casa de Batiatus, o cruel e engraçado vilão vai usando o trácio o máximo como pode, o enganando várias vezes.

Fiquei realmente fascinado pela batalha de Spartacus e Crixus contra Theokoles, a Sombra da Morte. Os dois rivais unidos pela honra e glória, a cena em que Spartacus o derrota e traz a chuva de volta para Cápua, que o fez ser intitulado de “O Trazedor da Chuva”. Quem também se destaca nessa primeira temporada é Ashur (Nick E. Tarabay), o astuto e perigoso escravo que não conseguiu nem mesmo se tornar gladiador, ele arma a triste morte de Barca, ainda trama junto com Batiatus o fim de Solonius, o rival de Batiatus na política.

O desfecho da temporada é monumental, Spartacus é obrigado a matar Varro em combate, para o divertimento dos gigantes corruptos, com isso, ele começa a refletir sobre o que realmente vem acontecendo em Cápua. Através de um sonho, Spartacus percebe que se rebelar contra Roma é única saída para a justiça ser feita, principalmente quando ele descobre que Batiatus assassinou sua esposa. Com bastante inteligência e um discurso de socialista incomparável, nosso grande herói arma com os demais gladiadores e escravos uma rebelião, a famosa Revolta de Spartacus.

O último episódio (Mate a Todos) é aquilo que todos nós queremos e sonhamos com a queda de políticos sujos que por cima do povo, roubando, escravizando e matando. O plano sai como previsto, todos os envolvidos deixam sua contribuição, a lição que Spartacus deixa para Batiatus é o símbolo de uma luta por igualdade, por liberdade, matando o cruel vilão da primeira temporada. Todos são convidados por Spartacus a se juntar a ele na luta contra Roma, ele começou e não poderia mais desistir, foi um caminho sem volta, um caminho para a glória, para entrar de vez na história da humanidade.

Por fim, deixo o fantástico discurso de Spartacus para seus companheiros de escravidão, agora livres: “Eu faço essas coisas porque é justo. Sangue exige sangue. Estamos vivendo nos caprichos dos nossos mestres por muito tempo. Eu não pedi por isso. Eu não veria a morte de um irmão com a finalidade de esporte. Eu não quero ver outro coração arrancado de um peito ou uma respiração se esgotar sem nenhum motivo. Eu sei que vocês não desejam isso, mas isso ainda é feito. Mas chega. A vida de vocês pertencem a vocês. Forje seu próprio caminho, ou se junte a nós, e juntos nós faremos Roma tremer!”
A série que mistura emoção, estratégia, lutas e sangue, muito sangue em uma história verídica (Starz)

Em breve, a crítica da história que antecede a temporada de Spartacus. Spartacus: Gods of the Arena foi meio que um tapa-buraco enquanto Andy lutava com todas as forças contra o câncer, todavia a temporada foi um sucesso, as histórias se encaixaram perfeitamente e o público ganhou um novo herói, Gannicus (Dustin Clare).
Um grande abraço!


Nota: 10,0.